Distribuidora deu início ao ciclo de visitas em usinas que atuam no estado, alertando os prejuízos causados pelo fogo
Com a chegada do período de estiagem no estado e com o propósito de fortalecer a parceria junto às usinas de cana-de-açúcar e promover ações de conscientização, a Equatorial Alagoas deu início ao ciclo de visitas nas indústrias para fazer o alerta sobre os prejuízos ocasionados pelas queimadas próximas à rede elétrica.
Esta semana, foi a vez da usina Porto Rico, localizada no município de Campo Alegre, receber as orientações repassadas pela equipe técnica da distribuidora, para que a colheita possa ser realizada sem provocar prejuízos ao meio ambiente e nem perdas aos clientes que necessitam do fornecimento de energia, sejam eles residenciais, comerciais ou industriais.
Durante o encontro que contou com a presença de representantes da usina e foi conduzido pelo engenheiro de manutenção da Equatorial Alagoas, Manoel Pinheiro, foi apresentado um levantamento o qual aponta que na safra 2020-2021, que acontece entre os meses de setembro e março, foram registradas 22 interrupções no fornecimento de energia motivadas por queimadas de cana-de-açúcar, afetando 136.435 clientes em 23 cidades alagoanas. Só no município de Coruripe, foram registradas 12 suspensões.
O engenheiro da distribuidora explica, que as usinas possuem um papel fundamental no combate a queimadas e que os danos não ocorrem apenas se o fogo alcançar os cabos. “O calor das chamas embaixo das linhas danifica os isoladores, provocando curtos-circuitos e o rompimento dos cabos, interrompendo o fornecimento de energia. O fogo ainda pode danificar vários postes e impedir o trabalho das equipes técnicas, fazendo com que o serviço para recompor as estruturas leve horas ou até dias para ser concluído”.
Na oportunidade, o gerente agrícola da indústria Porto Rico, Luiz Eugênio, agradeceu a Equatorial Alagoas pelo momento junto aos demais funcionários da usina e ressaltou que mesmo havendo situações em que os incêndios são provocados de forma criminosa, os cuidados com as queimadas nos canaviais são fundamentais e a indústria está disposta a colaborar, reforçando que essa é uma preocupação da direção e de todos os colaborares para que as medidas necessárias sejam adotadas em contribuição para a redução desse tipo de ocorrência.
Além da usina Porto Rico, estão no cronograma de visitas da distribuidora ações voltadas para as seguintes empresas: Seresta/Impacto Bioenergia, Coruripe, Marituba, Paisa, Santa Clotilde, Triunfo, Caetés, Uruba/Copervales, Pindorama, Terra Nova, Serra Grande, Santo Antônio, Santa Maria, Utinga Leão e Sumaúma.
A Equatorial reforça ainda, que é possível fazer plantações próximas a rede elétrica, porém é preciso seguir as recomendações abaixo:
- => Não realizar queimadas embaixo da rede de energia. Elas são proibidas;
- => A colheita de cana-de-açúcar abaixo da rede deve ser feita com a cana crua, sem queimar a plantação;
- => Para plantar e realizar queimadas, é necessário manter uma distância de 15 metros de cada lado entre a plantação e a rede da Equatorial e realizar o aceiro, que são aberturas na vegetação que atuam como barreira para retardar ou impedir o progresso de incêndio florestal, de no mínimo 3 metros;
- => Se a plantação for próxima a uma subestação da distribuidora, é preciso respeitar o limite mínimo de 100 m de distância;
- => Produtores de cana devem informar à concessionária o cronograma de queimadas. Elas só podem ser realizadas após autorização do Instituto de Meio Ambiente (IMA).
A população também pode ajudar, denunciando qualquer queimada embaixo da rede elétrica, fazendo esse registro na Central de Atendimento, através do telefone 0800 082 0196. A ligação é gratuita e pode ser originada de celular.
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