Sem líder não há golpe e há ‘desequilíbrio’ nas penas de todos que estão presos

Motta: 8/1 não foi tentativa de golpe por não ter líder e há ‘desequilíbrio’ nas penas Bruno Spada/Câmara dos Deputados – 05/02/2025

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Repubublicanos-PB), disse, nesta sexta-feira (7), que os atos extremistas que aconteceram em 8 de janeiro de 2023, em Brasília, não foram uma tentativa de golpe de Estado. Para ele, houve uma “agressão às instituições” por parte de “vândalos”.

“Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer. Ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer. Querer dizer que foi um golpe? Golpe tem que ter um líder, golpe tem que ter uma pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas”, disse Motta.

“E não teve isso. Ali foram vândalos, baderneiros, que queriam demonstrar sua revolta achando que aquilo ali poderia resolver talvez com o não prosseguimento do mandato do presidente Lula”, completou em entrevista à rádio Arapuan.


Os presos pelo atos extremistas estão sendo condenados pelo crime de atentado ao Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Motta ainda questionou a dosimetria das penas aplicadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

“Você não pode penalizar uma senhora que passou na frente lá do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra e receber 17 anos de pena para regime fechado. Há um certo desequilíbrio nisso”, continuou.

“Nós temos de punir as pessoas que foram lá que quebraram que depredaram, essas pessoas sim, precisam e devem ser punidas para que isso não aconteça novamente. Mas entendo que não dá para exagerar no sentido das penalidades com quem não cometeu atos de tanta gravidade”, finalizou.

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