No Nordeste, estado foi o que registrou maior aumento em infecções pelo Aedes aegypti, com crescimento de 187%
O Ministério da Saúde (MS) divulgou, nesta terça-feira (30), que Alagoas é o estado do Nordeste que mais registrou aumento nos casos de dengue do ano passado para cá. Em 2020, o número de infectados pelo Aedes aegypti foi de 2.215. Já neste ano de 2021, foram apontados 6.357 casos, o que representa um aumento de 187%. Diante desta situação, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta sobre a necessidade de a população alagoana investir na prevenção, por meio do combate ao mosquito transmissor da doença.
De acordo o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, os alagoanos devem intensificar os cuidados nas suas residências para prevenir o surgimento de focos do mosquito. “Podemos prevenir a dengue em nossas próprias residências. Os cuidados são simples e todos podem adotar medidas como evitar água parada em objetos, a exemplo de pneus, garrafas e vasos de planta, além de manter as caixas d’água sempre fechadas e limpá-las periodicamente. Também é importante vedar poços e cisternas, descartar o lixo de forma adequada. Enfim, são ações simples que fazem toda a diferença”, salientou o gestor.
Os dados divulgados nesta terça-feira (30) foram computados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e apresentados no lançamento da campanha “Combata o mosquito todo dia”, cujo objetivo reside em mobilizar a população e evitar surtos e epidemias das doenças causadas pelos arbovírus, que são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos.
O transmissor da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da chikungunya e zika, especialmente nesta época, que precede o verão. De acordo com a SVS, no país, a taxa de positividade por sorologia para a dengue foi de 34,5% neste ano, e Alagoas está entre os que apresentaram taxas maiores que a do Brasil, com 35,4%. Para o zika vírus, o cenário epidemiológico também mostra que o estado está com a taxa de positividade por sorologia maior que o Brasil (24,3%), com 44,2%.
Ainda segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), até novembro, foram notificados 494.992 casos de dengue no Brasil, o que representa uma queda de 46,6% em comparação com o mesmo período de 2020, que registrou 927.060 casos. Já o número de óbitos pela doença apresenta uma redução de 62% dos óbitos confirmados. Em 2021 foram 212, enquanto 2020 registrou 564 óbitos.
Sintomas da dengue – Os principais sintomas da dengue são febre alta maior que 38.5ºC, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Ao apresentar qualquer dos sintomas listados, é importante procurar um serviço de saúde para diagnosticar e tratar adequadamente. Os serviços são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O diagnóstico da dengue é clínico e feito por um médico. Ele é confirmado com exames laboratoriais de sorologia, de biologia molecular e de isolamento viral, ou confirmado com teste rápido.
Prevenção – A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando os focos e evitando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, garrafas plásticas, piscinas sem manutenção e outros.
ALAGOAS