No período de janeiro a maio deste ano, a Central Maceió do Samu Alagoas atendeu 1.214 ocorrências e a de Arapiraca assistiu 1.119 pessoas

A segurança dos motociclistas tem sido pauta constante nas discussões sobre trânsito no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Isso porque, é significativo o número de atendimentos a ocorrências decorrentes do não uso do capacete, que representa o principal equipamento de proteção para quem trafega de moto.

Para se ter ideia, no período de janeiro a maio deste ano, a Central Maceió do Samu Alagoas atendeu 1.214 ocorrências e 1.275 em todo o ano passado. Já na Central de Arapiraca foram 1.088 ano passado e este ano foram 1.119 no período de janeiro a maio. Os atendimentos são referentes à colisão entre moto e carro, moto e bicicleta, queda de moto, moto e moto, moto e animal; moto e caminhão; moto e ônibus; moto e carroça.

A enfermeira Beatriz Santana, coordenadora geral do Samu Maceió, enfatiza que o capacete salva vidas. “Em muitos atendimentos, notamos que o uso correto do capacete faz a diferença entre uma lesão leve e uma fatal”, salientou.


Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o uso do capacete é obrigatório e imprescindível para evitar lesões graves em caso de acidentes. Entretanto, essa atitude tem sido negligenciada pelos motociclistas, principalmente do interior do Estado.

Além do capacete, outros equipamentos de segurança, como luvas, jaquetas com proteção, calças reforçadas e botas são fundamentais para a proteção dos motociclistas. Estes itens reduzem, significativamente, os riscos de lesões em quedas e colisões. 

“O equipamento completo proporciona uma camada extra de segurança, essencial para a integridade física do piloto”, destaca o enfermeiro Breitner Pereira, que atende vítimas de acidentes diariamente, no serviço de motolância.

A condução segura também envolve atenção ao tráfego e respeito às leis. Um ponto crítico é o uso da sirene de ambulância, que deve ser respeitado por todos os motoristas. Motociclistas devem abrir caminho de forma segura e responsável. “A rápida passagem da ambulância pode salvar vidas. O respeito à sirene é um compromisso de todos no trânsito,” afirmou Breitner Pereira.

Nos corredores de ruas e rodovias, a atenção deve ser redobrada. A prática de pilotar entre os carros, conhecida como “corredor”, requer habilidade e precaução. O CTB permite essa prática, mas exige que seja realizada em velocidade reduzida e com cautela, acrescentou, Breitner Pereira, alertando que “Os corredores são perigosos se não forem usados com cuidado. A velocidade deve ser compatível com a segurança.”

Pilotagem segura

Pilotar de forma segura envolve manter uma distância segura dos outros veículos, sinalizar todas as manobras e evitar ultrapassagens arriscadas. “A conscientização dos motociclistas sobre sua vulnerabilidade é crucial. Cada manobra deve ser pensada visando a segurança,” reforça Breitner Pereira, destacando que na maioria dos acidentes com motociclistas, a pilotagem com segurança e com o uso de equipamentos inadequados é um fato que chama a atenção.

Por fim, campanhas educativas e fiscalizações rigorosas e o uso adequado de equipamentos de segurança, principalmente, para os motociclistas, são fundamentais para reduzir o número de acidentes. “A educação no trânsito e o cumprimento das leis são os pilares para um trânsito mais seguro. Todos devemos fazer a nossa parte”, destacou o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda.

SAMU/AL