O Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de São Miguel dos Campos está completando 50 anos de serviços prestados à população miguelense neste sábado, 15 de maio.

Durante o governo do prefeito George Clemente (2011-2016), houve a construção da estação de tratamento de água da Vera Cruz; a construção das estações de tratamento de esgoto do Novo São Miguel e do Jaci Clemente; a reforma do almoxarifado; a construção da rede de esgoto do José Calazans e da antiga fábrica Vera Cruz; melhorias nas redes de esgoto existentes; pintura e recuperação dos reservatórios de água tratada; além da reestruturação administrativa do SAAE: foram criados quatro departamentos, beneficiando os funcionários efetivos, tornando-os dirigentes das novas divisões.

A primeira iniciativa para instalação do Sistema de Abastecimento de Água em São Miguel dos Campos deu-se no início do século XX, mais precisamente no ano de 1917, pelo então intendente, o médico pernambucano Dr. Júlio Plech, eleito pela terceira vez. Na época, foi sugerido cobrar $ 0,40 (quarenta rés) por cada banho e por cada carga de água que retirasse do banheiro do Pitu.


 O SAAE foi criado através da Lei 625, de 15 de maio de 1971, na gestão do prefeito Júlio Soriano Bomfim, e administrado através de convênio com a antiga Fundação SESP (Serviço Especial de Saúde Pública), até o ano de 1999, na administração do prefeito Nivaldo Jatobá.

O Serviço é uma entidade autárquica municipal, com personalidade jurídica própria, dispondo de autonomia econômico-financeira e administrativa à qual outorga os serviços públicos de saneamento básico, notadamente o abastecimento de água e o tratamento de esgoto.

Atualmente, a sede do SAAE está localizada no Lot. José Torres Filho, Quadra “C”, Lote 01, Bairro Paraíso, e tem como diretor administrativo Alfredo Ferro, que já atuou no mesmo cargo entre os anos de 2011-2016.

Composto por 107 funcionários, o Serviço tem ajudado há 5 décadas a melhorar a vida da população de São Miguel dos Campos.

O Jornal O Semeador publicado em Maceió, no dia 25 de setembro de 1916, trouxe uma informação sobre o Sistema de Abastecimento de Água, que seria implantado.
 
“S. MIGUEL DOS CAMPOS TERÁ ÁGUA ENCANADA – CONSTA-NOS QUE A
 PROGRESSISTA E FUTUROSA CIDADE DE S. MIGUEL DOS CAMPOS TERÁ MUITO EM BREVE O FORNECIMENTO D’AGUA ENCANADA. MELHORAMENTO QUE ALI
 PRETENDE INTRODUZIR, IMPORTANTE PROPRIETÁRIO RESIDENTE NESSA CIDADE. QUE A IDEIA ACIMA EXPOSTA SEJA UM FACTO QUANTO ANTES, BENEFICIANDO DESTA FORMA AQUELE ADIANTADO CENTRO. ASSIM O ESPERAMOS.”
 
Já o DIÁRIO DO POVO, publicado também em Maceió, no dia 16 de março de 1917, trouxe a seguinte reportagem sobre as nascentes de São Miguel dos Campos:
 
 “COMPREHENDEMOS QUE A LARGA VISÃO ADMINISTRATIVA DO SENHOR INTENDENTE NÃO PASSAM DESPERCEBIDAS AS NECESSIDADES PÚBLICAS, MAS CONHECENDO AS
NASCENTES QUE DIMANAN DOS MORROS ADJACENTES A CIDADE, AS QUE FORNECEM ÁGUA PARA OS BANHEIROS PITÚ E BICA-GRANDE, SABEMOS QUE ESTE TODO SEU CURSO ELAS DESLIZAM POR SOBRE DETRITOS IMUNDOS, SORDIDOS, LAMACENTOS, CONSTITUINDO PERIGO IMINENTE A SAUDE PUBLICA, POIS O CORREGO BICA GRANDE, QUE É JUSTAMENTE O QUE
ABASTECE A CIDADE DE ÁGUA POTÁVEL, FINISSIMA, É O MAIS PORCO, ANTIHIGIENICO, MIASMATICO.
FLUE NUMA GRUTA DO VÉRTICE DO VALLE INTERMEDIÁRIO AS TERRAS DO PITOMBA E BOA VISTA, A SUESTE DA CIDADE E TODO SEU CURSO”.

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